Eternit é condenada a indenizar família de um trabalhador vítima de doença por exposição ao amianto
A Eternit S/A foi condenada a indenizar em R$ 300 mil por danos morais a família de um homem,representada pelo escritório Alino & Roberto e Advogados, vítima de asbestose, doença contraída pela exposição ao amianto. A decisão é da 15ª Vara do Trabalho de São Paulo.
O Homem trabalhou na Eternit por 23 anos e desde 1996 vinha realizando exames periódicos e sendo acompanhado por uma junta médica da Fundacentro. Nos primeiros exames realizados a doença asbestose não foi diagnosticada, porém em 2007 o relatório foi conclusivo ao diagnosticar a asbestose – doença pleural relacionada ao asbestos.
Na decisão, a Magistrada ressaltou que inúmeros estudos em diversos países mostram os efeitos nocivos do amianto no organismo do ser humano, principalmente aos trabalhadores submetidos à exposição da substância.
Ela destacou também que a Eternit demorou para atender a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego 3214/78 (que ali especificava medidas de proteção ao trabalhador exposto ao amianto), e com isso o trabalhador ficou realmente exposto ao amianto desde sua admissão (1969) até (1986).